sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Saiba qual é o cachorro de estimação ideal para cada imóvel

Morador também deve avaliar se o grau de atividade do animal condiz com seu estilo de vida

Muitos lares brasileiros não abrem mão de ter um cãozinho correndo pelos quatro cantos da casa e alegrando a vida da família. Porém, além de tempo e cuidado, algumas raças necessitam viver em ambientes adequados ao seu perfil e condições físicas. É por isso que até o tamanho ou a estrutura do imóvel pode influenciar a escolha do morador por um determinado cachorro.

Cães da raça Golden são ótimas companhias para donos de casas com quintais ou de apartamentos grandes (Fotos: Shutterstock)

De acordo com a veterinária Giuliana Tessari, da clínica Pet Center Marginal, os cães da linhagem Teckel devem ser evitados em casas que possuem escada, pois a raça tem predisposição a desenvolver problemas de coluna devido ao corpo alongado e as patas curtas. Logo, a tarefa de subir e descer os degraus pode prejudicar a saúde desse animal.

Donos de cães da raça Teckel também devem impedir que o animal tenha problemas de sobrepeso, já que esse fator acirra os problemas de coluna
Já o Shih Tzu e a Lhasa são recomendados para apartamentos com ou sem crianças, pois os bichinhos, além de brincalhões, são mais silenciosos, característica que pode evitar problemas com os vizinhos.
A veterinária Karina Apude, da Planet Dog Resort, diz que o morador sempre deve considerar se o grau de atividade do animal condiz com seu estilo de vida.  Cães da raça Border Collie, por exemplo, não são recomendados para apartamentos, pois costumam ser hiperativos. Logo, vivem melhor em casas com áreas externas amplas e com donos dispostos a encarar toda essa energia.

Cachorros da raça Border Collie têm energia de sobra e precisam de donos dispostos a oferecer passeios, alimentações diárias e banhos quinzenais
Para Giuliana, quem mora em apartamentos amplos podem arriscar um pouco mais e adquirir filhotes de porte médio e grandes, desde que sejam de raças silenciosas, como Goldens, Whippet, Dalmata e Chowchow. Karina completa a lista com Cocker Spaniel, Bulldog Inglês e Bulldog Francês.

O Bulldog Frances exige pouca atividade física e é uma boa opção para quem mora em apartamentos grandes


Sociável, o Cocker Spaniel precisa de passeios, mas vive bem dentro de casa
Os moradores de apartamentos compactos ou de casas sem quintais também contam com boas opções de cães de pequeno porte, como Malteses, Shih Tzu, Lhasa, Teckel e Spitz. Esses cachorros têm poucas chances de sofrer com o confinamento ou com o estresse.

O Spitz é um cãozinho que se satisfaz com atividades em casa ou pequenos passeios


O Shih Tzu e a Lhasa se adaptam bem a apartamentos e são ótimas companhias para as criança

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Investir em Imóvel Comercial é uma grande vantagem, veja esta matéria:

Imóvel comercial rendeu mais que renda fixa em 2012
Simulação realizada a partir de pesquisa sobre da imobiliária Lello mostra que o aluguel de imóveis comerciais cumpriu a missão de render mais que a poupança e o Tesouro.
São Paulo – Uma pesquisa da imobiliária Lello mostrou que, em 2012, os imóveis comerciais renderam um aluguel bruto médio de 0,8% ao mês. Com o desconto da taxa de administração imobiliária (que na Lello é de 8% sobre o valor do aluguel) e de imposto de renda para a faixa mais alta de rendimentos com aluguéis (27,5%), o retorno médio líquido foi de algo como 0,53% ao mês, ou 6,55% no ano. O rendimento supera o rendimento das aplicações de renda fixa comparáveis.
A pesquisa foi feita com base na carteira de 9 mil imóveis comerciais sob administração da Lello. O retorno líquido de 0,53% foi calculado da seguinte forma: imagine um imóvel comprado por 625 mil reais. Se o retorno do aluguel foi de 0,8%, isso significa que seu proprietário recebeu 5 mil reais brutos por mês. Considerando o desconto de 8% da taxa de administração cobrada pela Lello, o retorno cai para 4.600 reais. Deste valor de aluguel, que se enquadra na faixa mais alta de imposto de renda, devem ser descontados 27,5% referentes ao IR, restando 3.335 reais, o correspondente a cerca de 0,53% de 625 mil reais.
Os 3.335 reais correspondem ao retorno real, ou seja, ao valor que chegou às mãos do proprietário depois de descontados os custos. Ou seja, a rentabilidade líquida do investimento nesse imóvel comercial foi de 0,53% ao mês, ou um retorno acumulado de 6,55% no ano, sem considerar a valorização do imóvel no período.
O imposto de renda sobre os aluguéis é cobrado sobre o que o proprietário efetivamente recebe, depois do desconto da taxa de administração imobiliária. As alíquotas de IR variam de 7,5% a 27,5% de acordo com o valor do aluguel, que também pode ser isento, se for de baixo valor. Ou seja, se no exemplo anterior a alíquota de IR fosse mais baixa, o rendimento teria sido ainda maior.
Em comparação com os títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação, as NTN-B, o rendimento dos imóveis comerciais foi um pouco superior. No início do ano passado, os as NTN-B disponíveis no mercado pagavam entre 4,30% e 5,52% ao ano acima da inflação pelo IPCA, isso sem o desconto do imposto de renda, da taxa de custódia obrigatória e de uma eventual taxa de administração da corretora. A NTN-B é considerado o título mais adequado para a comparação de rentabilidade com imóveis, uma vez que são investimentos de prazo mais longo e corrigidos pela inflação, assim como os aluguéis.
Mas também é possível comparar o rendimento com a poupança, que não é corrigida pela inflação, mas já é isenta de IR. O rendimento da antiga poupança era de 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano) mais Taxa Referencial (TR), que ao longo de quase todo o ano passado foi zero. Já a nova poupança vem rendendo 0,41% ao mês desde que a Selic passou para o patamar de 7,25%. Embora a nova poupança ainda não tenha completado 12 meses de idade, se esse mesmo rendimento fosse considerado em 12 meses, a rentabilidade teria sido de 5,02%.
Dados sobre os contratos de aluguéis
Segundo a Lello, na comparação com 2011, o número de novos contratos de aluguel de imóveis comerciais cresceu 11% em 2012.
Dentre todos os novos contratos de aluguéis da Lello, 32% foram de imóveis comerciais. E 38% desses novos contratos comerciais foram de conjuntos e salas, como clínicas médicas e odontológicas, além de escritórios de contabilidade, advocacia e representação comercial.
As casas, usadas para escritórios e clínicas de estética corresponderam a 27% dos novos contratos comerciais de 2012. Lojas de comércio de produtos como bolsas, sapatos e eletrônicos responderam por 17% das novas locações; salões comerciais, que costumam ser destinados a escolas, oficinas, lanchonetes e restaurantes, representaram 10% do total; e os galpões, utilizados principalmente por empresas de logística e armazenamento, somaram 8% dos novos contratos.
Fonte: Matéria da Revista Exame 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Votar em quem? e por quê?

Uma ferida na esperança

Cinco escândalos por dia e uma corrupção “superior ao PIB da maioria dos países do G-7”.
Por Juan Arias*
O Brasil deveria estar alarmado com uma notícia do Tribunal Superior Eleitoral: só um de cada quatro jovens entre 16 e 17 anos com direito a voto nas próximas eleições se preocupou este ano em tirar o título eleitoral, o que pressupõe um desinteresse que beira o desprezo pela política.

O fato é duplamente grave, porque esses jovens não sofreram as garras da ditadura, da falta de liberdade, da miséria e da ausência de oportunidades, nem conheceram o horror das guerras. Seria demasiado fácil, no entanto, criticar esses meninos por sua falta de “sensibilidade política”, como escreveu um deputado federal. A crítica deve ser feita ao atual sistema político, que toda manhã espalha por todo o país montanhas de notícias sobre corrupção, violações à liberdade, feios exemplos éticos de quem deveria ser guia e mestre dos jovens em uma sociedade que se vangloria de ser democrática e liberal.

Uma das primeiras coisas que leio todo dia nos jornais são as cartas dos leitores, geralmente sérias, agudas, sóbrias, atuais e bem escritas. Na manhã de 10 de agosto, domingo, interrompi a redação desta coluna para dar uma olhada no jornal O Globo, que chega à minha porta às cinco e meia da manhã.

Entre as cartas dos leitores, impressionou-me a de Paulo Henrique Coimbra de Oliveira, do Rio. Não o conheço, mas sua carta intitulada “Desesperança” me confirmou o que tinha começado a escrever aqui. Diz Coimbra que, nos últimos dez anos, ele colecionou em um armário de quatro metros quadrados recortes de jornais que ilustravam escândalos políticos distribuídos pelos três poderes do Estado. Fez alguns cálculos: cinco escândalos por dia e uma corrupção que, segundo ele, é “superior ao PIB da maioria dos países do G-7”. Sua última frase é dura e obriga a refletir: “Depois não sabem (os políticos)”, escreve, “porque a sociedade não acredita neles. Dias atrás resolvi queimar tudo, inclusive o armário. E minha esperança de dias melhores foi queimada junto com ele”.

É grave essa apatia pela política partidária mostrada pelos jovens, quando afirmam, amargos que “votar não serve para nada”, porque isso acontece depois dos protestos de junho de 2013, quando parecia que tinham despertado para a esperança e se entusiasmado com a mudança. Até chegaram a sonhar com um Brasil não só mais livre das amarras da corrupção como também mais moderno, com melhor qualidade de vida, no qual os jovens pudessem desenvolver suas aspirações mais legítimas.

O Brasil está vivendo um dos momentos mais difíceis de sua vida política nos últimos 30 anos, porque parece que, para milhões de cidadãos, desapareceu a esperança real não só no sentido de fazer crescer economicamente esse país como também de que seja menos desigual, mais de todos. E com menos privilégios e impunidades nas mãos de poucos.

O Partido dos Trabalhadores (PT), mesmo que acabe vencendo as eleições com sua candidata, Dilma Rousseff, a cada dia, sem dúvida, com índices maiores de rejeição entre os mais jovens que estudaram, sairá da batalha com feridas profundas.

Foi o ex-presidente, Luís Inácio Lula da Silva, fundador e alma do que foi o maior partido de esquerda da América Latina, e que chegou a ser visto como a esperança do ressurgir social do novo Continente, quem alertou os seus de que o PT não pode ignorar as fustigadas da corrupção que atingem tanto os seus membros, que historicamente se apresentavam como a formação garantida da ética.

O ex-sindicalista chegou a dizer que seu partido tinha se transformado em mais um, quando ele o tinha criado para ser diferente. Até se falou da necessidade de uma “refundação do PT”, que significaria que é um barco que parece ter perdido seu rumo original.

O PT um dia foi, sem dúvida, o partido que melhor soube, com seus ideais, conquistar as massas de jovens que biologicamente são os mais sensíveis às causas sociais e à pureza ética.

Hoje, esses jovens estão abandonando o barco. Já não ficam entusiasmados em votar em um partido que sentem envelhecidos e com as mesmas rugas que um dia criticavam.

Não admira que os mais jovens afirmem que votar não tem serventia, e quando os jovens perdem a esperança é porque o horizonte de um país está obscurecendo.

São melhores, no entanto, os partidos que se apresentam como alternativa ao desgastado PT? Serão capazes de reconquistar os anseios do novo, que sempre foram o alimento dos jovens? Se são reais os números oferecidos sobre a apatia dos mais jovens que não parecem se interessar nem em votar, pode-se dizer que tampouco eles, por hora, foram capazes de preencher esse vazio juvenil. E são os jovens os mais sensíveis à mudança e às novidades.

Será que o PT ou seus oposicionistas ainda têm tempo de reconquistar o coração virgem dos jovens que até agora, a menos de dois meses de irem às urnas, continuam dando as costas à política?

A responsabilidade é um pouco de todos. E é grave, porque se trata de uma geração que, dentro de dez anos, será o coração vivo da sociedade e que está crescendo com a alma seca de entusiasmo pela política.

Não podemos nos esquecer de que as guerras ou as ditaduras, frutos do desprezo pela política do voto —a única por enquanto capaz de dominar as colunas do tempo da democracia— nunca chegou de repente. Foram fruto de uma série de ataques aos valores democráticos que, ao longo do tempo, amontoaram as pedras da indiferença e até do desprezo pela política e pela democracia. E é com essas pedras que acabam sendo lapidados, por raiva ou por indiferença, os pilares das liberdades tão difíceis de conquistar e tão fáceis de perder.

O momento é de reflexão e os jovens não têm a virtude da paciência. São filhos do agora. E as eleições batem à porta.
*Juan Arias é correspondente do no Brasil do El País, onde este artigo foi publicado originalmente.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Fogão, ou cooktop: saiba qual escolher

Saiba escolher entre cooktop ou fogão
Avalie qual modelo é mais adequado para a sua cozinha e sua família

Atualmente, existem no mercado três tipos de fogão: o fogão de chão (que é o modelo tradicional, solto do armário); o fogão de embutir (similar ao de chão, porém sem os pés, sendo embutido no armário); o fogão de mesa ou o cooktop e o fogão industrial.
A arquiteta Thais Lacialamella explica que também há três tipos de cooktop. O cooktop a gás com chama e boca salientes, similar aos fogões tradicionais; o cooktop elétrico sem chama e sem boca saliente – ideal para ambientes integrados – e o modelo por indução, que só acende em contato com a panela, mantendo a superfície fria quando não utilizada, ideal para ambientes com crianças.
Para instalar o modelo mais adequado para a sua cozinha é preciso observar alguns itens, como, se o ambiente for integrado com a sala e se a cozinha é do tipo planejada, com móveis fabricados conforme projeto, não há dúvida de que a melhor escolha é o cooktop, seja pela estética, seja pela flexibilidade do projeto, já que é possível encaixá-lo em diversos locais da cozinha, não apenas naquele já estipulado pela construtora.
“Outra vantagem do cooktop é a possibilidade de montar um nicho separado, na altura do cozinheiro, com o forno embutido, o forninho elétrico e o forno de micro-ondas, facilitando o manuseio e melhorando significativamente a segurança e o conforto da sua cozinha”, orienta Thais.
Há ainda a possibilidade de escolher a quantidade de bocas desejadas, ideal para ambientes muito pequenos, ou estúdios, onde deve-se optar por fogão de uma ou duas bocas. Os do tipo de indução podem ser até portáteis, facilitando sua utilização.
Quanto ao tipo de cooktop, deve-se pensar que ou o forno ou o fogão, e apenas um deles, poderá utilizar o sistema de gás instalado, ficando para o outro a opção da instalação elétrica. “A vantagem de utilizarmos um cooktop elétrico é a manutenção e a limpeza de sua superfície, já que não há obstáculos para realizá-las”, diz a arquiteta.


A vantagem de utilizar um cooktop elétrico é a manutenção
“Para as casas muito populosas, onde a utilização da cozinha é intensa, aconselho o uso do fogão de chão ou embutido, que em geral possuem mais tecnologia, timer, melhores controles de temperatura, além de serem bem mais baratos”, recomenda Thais.
Outra opção pelos fogões tradicionais é quando não se quer quebra-quebra e a sua cozinha já está montada nos moldes tradicionais.



terça-feira, 12 de agosto de 2014

Comprador pode desistir do Imóvel na Planta? Como?

De acordo com levantamento de escritório de advocacia, ações para desistência da compra de imóveis na planta tiveram forte alta nos últimos anos.


A compra de um imóvel na planta pode envolver uma série de armadilhas, e a principal delas é o atraso na entrega do imóvel, que chega a ser previsto em contrato. Há algumas brigas na Justiça que o consumidor pode comprar para driblar esses problemas ou diminuir seus danos, incluindo simplesmente desistir da compra. Seja por impossibilidade de continuar o pagamento, seja por problemas com a construtora, esse direito é assegurado.
O advogado fez um levantamento em seu próprio escritório, e concluiu que, em 2010, foram apenas oito processos de rescisão de contrato de promessa de compra e venda de imóveis. Em 2013 houve 39 ações apenas no primeiro semestre.“É um direito líquido e certo do consumidor desistir do negócio em qualquer situação, ainda que o contrato diga que não”, diz o advogado que cuida de diversas ações referentes a problemas na compra de imóveis. Ele acrescenta que a quantia que o consumidor vai receber de volta depende do responsável pela desistência – se o próprio consumidor ou a construtora.
Os principais motivos, são o atraso na obra e problemas financeiros dos compradores, que muitas vezes se relacionam ao fato de a correção das parcelas, durante a obra, ocorrer pelo INCC, índice inflacionário que costuma superar os índices de reajustes salariais.
De acordo com súmulas editadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), ao desistir da compra, o consumidor tem direito a receber de volta, com correção monetária, a totalidade ou parte do que pagou à construtora. Mas muitos contratos vêm com cláusulas desfavoráveis ao consumidor e que, segundo Tapai, não têm validade. Veja como funciona em cada situação:
Quando o responsável pela desistência é a construtora
Os contratos só costumam garantir o direito de rescisão contratual à construtora, em caso de falta de pagamento por parte do consumidor. Mas se problemas como o atraso na entrega do imóvel levarem o consumidor à desistência, ele tem sim o direito de rescindir o contrato. Neste caso, deverá receber todo o valor pago corrigido monetariamente e em parcela única.
Outro motivo que pode levar o consumidor a querer desistir da compra é a entrega de um imóvel diferente do que constava no memorial descritivo. Marcelo Tapai conta de um caso em que um condomínio de casas na região metropolitana de São Paulo foi entregue com as unidades trocadas. Assim, os consumidores receberam suas casas em lote diferente do que havia sido acordado.
Segundo ele, até mesmo um problema que a construtora se comprometa a resolver pode ser uma motivação para a desistência. “Se o consumidor compra um imóvel e descobre que o terreno está contaminado, ele tem o direito de não querer, ainda que a construtora se comprometa a descontaminá-lo”, observa o advogado.
Além de receber o valor pago de volta e corrigido, o comprador pode ainda pleitear uma indenização por danos morais ou mesmo pelo fato de ter tido despesas em função dos problemas provocados pela construtora, como o pagamento de um aluguel por mais tempo que o previsto.
Quando o responsável pela desistência é o consumidor
Ainda que a construtora não tenha feito nada de errado, o consumidor tem o direito de desistir da compra, no caso de problemas financeiros, por exemplo. Nesse caso, porém, a construtora pode reter as quantias referentes a despesas administrativas, e devolver apenas parte do que foi pago ao consumidor.
De acordo com Tapai, as decisões judiciais nesse sentido têm determinado uma retenção de 10% a 15% do montante total pago pelo comprador. Ocorre que as construtoras procuram determinar, em contrato, que a desistência do consumidor permite que elas retenham de 20% a 30% do valor total do imóvel.
“O problema é que o consumidor costuma pagar 30% do valor do imóvel durante a construção, para financiar o restante após a entrega. Se a construtora puder reter de 20% a 30% do valor total do imóvel, ela poderá ficar com a totalidade do que o comprador desembolsou até então”, explica Tapai.
Quando o consumidor desiste da compra por conta de seus próprios problemas, as empresas costumam tentar de tudo para reter a maior quantia possível, diz Tapai. Na opinião dele, o consumidor não deve aceitar eventuais acordos sob a ameaça de ter o nome inscrito em cadastros de inadimplentes, nem topar receber seu dinheiro de volta em parcelas.
Mas o advogado alerta, no entanto, que o consumidor não deve simplesmente parar de pagar pelo imóvel se seu intuito é desistir da compra, pois ao se tornar inadimplente, perde seus direitos. “A construtora deve ser notificada da desistência. Tudo tem que ser documentado e autorizado judicialmente, se for o caso”, explica.
“As pessoas não compram imóveis pensando em desistir, e normalmente tentam de tudo antes de abrir mão do financiamento do imóvel. Mas as pessoas passam por imprevistos”, observa Tapai. Outros motivos que podem levar à desistência são a morte ou o desemprego do principal provedor da família, a mudança do comprador para outra cidade ou estado e o término de um noivado em que o casal já estava pagando o imóvel junto.
E se o imóvel for usado?
Mesmo no caso de um imóvel usado é possível desistir da compra em certas situações. Se for constatado um defeito após a vistoria – o chamado vício oculto –, o comprador tem um prazo para desistir da compra. É o que ocorre, por exemplo, quando se constata uma infiltração grave ou um problema estrutural já existente antes da compra e não constatado durante a vistoria, provavelmente porque havia sido “maquiado”.
Esse prazo, de acordo com o Código Civil, é de um ano após a constatação do vício. Se tiver havido a intermediação de uma imobiliária e for o tipo de vício que ela deveria conhecer – ou seja, se ficar provado que a imobiliária enganou o comprador – então esse prazo sobe para cinco anos. Isso porque, neste último caso, trata-se de uma relação de consumo, submetida ao prazo de desistência determinado no Código de Defesa do Consumidor.
Se o imóvel não tiver sido financiado, bastará acionar o vendedor e torcer para ele ter dinheiro para devolver, com correção monetária. Dependendo do tempo decorrido desde a compra, é possível que o vendedor não possa mais pagar, o que representa um risco ao destrato.
Já se o imóvel tiver sido financiado, há um risco adicional. A queixa continua direcionada ao vendedor, mas a dívida no banco não deixará de existir se o comprador desistir da compra. Assim, se o vendedor não puder pagar, o comprador não terá como ressarcir o banco. “A menos que o banco tenha enviado um especialista para avaliar o imóvel e que a constatação tenha sido de que o imóvel estava em condições. Aí até dá para tentar brigar com o banco também. Mas a regra geral é que quem responde é o antigo proprietário”, afirma Marcelo Tapai.
Se o problema não for muito grave e for possível consertá-lo sem maiores transtornos, o comprador pode pedir um abatimento proporcional do preço.
Finalmente, se for um problema de construção, a construtora pode ser responsabilizada, e nesse caso o prazo é geralmente aquele da vida útil da estrutura com defeito. “Se a construtora não existir mais ou não puder ser localizada, porém, o vendedor é que deverá responder”, diz Tapai.
Fonte: Revista Exame

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Dia do Advogado


A Equipe da Localar Imóveis e Costa Ferreira e Advogados Associados deseja a todos os advogados um Feliz dia!


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Com apenas 14 anos, garota constrói sua própria casa nos Estados Unidos

DEZ MIL DÓLARES, ESFORÇO COLETIVO E UM SONHO: A PEQUENA CASA DE SICILY

SEM NENHUMA NOÇÃO DE CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS, SICILY TEVE EM CASA A MAIOR AJUDA PARA SUA EMPREITADA: SEU PAI, DANE KOLBECK, EXPERIENTE NO ASSUNTO, ELE AJUDOU A JOVEM A DAR AS PRIMEIRAS MARTELADAS. 

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Para registrar todos os momentos, Sicily criou um blog onde explica todo o processo, desde arrecadação de fundos até o passo a passo da construção, que custou cerca de 10 mil dólares. A maior parte do custo, sete mil dólares, foi conquistada em troca de investimentos feito pela mãe. Como a garota não pagava mensalidade na escola, essa economia foi direcionada à construção. Ela também contou com outros 1.660 dólares obtidos por financiamento coletivo. Enquanto os 700 restantes foram presente.Quando tinha apenas 12 anos,  a estudante Sicily Kolbeck  deu início a um sonho: construir sua própria casa. A ideia, que começou como projeto escolar, tomou grandes proporções e hoje, dois anos depois, é considerado um criativo projeto autônomo de arquitetura.
Mais que uma casa, um sonho: 
O resultado final deu numa simpática casinha de 38 metros e, passados dois anos, a “Le Petite Maison” conta com tudo que uma casa padrão pode oferecer. Com quatro cômodos, o local tem uma pequena cozinha equipada com fogão, forno, pia e armários; um banheiro, com banheira; uma pequena área comum e um quarto, localizado no topo da casa.
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Fonte: Catraca Livre